Noites de Caos (novel) - Capítulo 70
Tradução: Gab
Revisão: Gab
O bilhete continha os pensamentos de Simdeok.
“Não quero que você se torne concubina de Jongshin. Então vá. Diga-me o dia em que devo ajudá-la. Eu lhe darei uma compensação, assim, poderá viver com sua irmã. Esta é a última coisa que posso fazer por você. Espero que vá para bem longe.”
A palavra que mais chamou a atenção da Yongi foi compensação. Simdeok tinha poder suficiente para ajudá-la a escapar dali. Colocou o bilhete de volta na cigarreira, então acendeu um cigarro.
Cof, cof.
Achou que devia haver um motivo para Simdeok ter enviado Chunhee a um lugar tão distante.
“…Hmm.”— Sua cabeça girava.
As lágrimas caíram como no dia em que bebeu álcool pela primeira vez. Yongi apoiou as mãos no chão, depois sussurrou algo para Chunhee. Ela assentiu, pegou a cigarreira e abriu a porta com uma expressão alegre. Em seguida, deu de cara com Shihoon.
“Lorde, faz tempo que não o vejo.”
“Como uma cortesã entra na casa de um nobre?”
“Me desculpe. Estava preocupada com minha amiga Yongi…”
“Estava tão preocupada que trouxe cigarros…!”
Os olhos de Shihoon se voltaram para Yongi, que estava encostada na parede, sem conseguir recobrar a compostura. Chunhee apertou o punho.
“Não volte a entrar aqui. Entendeu?”
“Sim, sim. Me desculpe. Foi apenas um mal entendido.”
Shihoon entrou no quarto antes que Chunhee saísse. O interior estava repleto de cinzas de cigarro, parecia que vários haviam sido fumados. Ele ordenou que trouxessem água. Yongi, que só recobrou a consciência após beber água gelada, empurrou o peito de Shihoon e caminhou até um canto.
“Ouvi dizer que Sohyeon veio… Isso não é possível…”
Shihoon suspirou profundamente. Ao se aproximar de Yongi, acariciou sua bochecha.—“Isso não é problema seu. Então não faça nada estúpido. Você fumou sem nem pensar.”
“Lorde…”
“Não quero ouvir sua voz. Hoje você vai ficar no quarto.”
Shihoon guiou Yongi meio à força, levantando seu corpo. Quando os atendentes a olharam, ela cobriu o rosto com as duas mãos.
Chunhee, que observava atentamente a cena, saiu com uma expressão estranha.
Vá até a loja de tecidos. Eun-Ha vai estar lá.
***
Sua pele saiu com um único corte da lâmina. As enormes presas do tigre foram arrancadas. Eun-Ha, sentada no chão, conteve o enjoo diante da visão cruel.
Vários comerciantes negociavam o preço do tigre. Nunca havia visto um tão grande, então o valor subiu bastante. Sentia-se estranha, pois era a primeira vez que a mansão estava tão barulhenta.
“Ei…”— Um guerreiro mancando se aproximou dela.
Quando Eun-Ha olhou para sua perna fraturada, percebeu que era o homem que havia sido ferido pelo tigre.
“Você é o guerreiro daquele dia?”
“Sim. Se não fosse por você, eu realmente teria morrido.”
O homem, encarando Eun-Ha, ajoelhou-se e gaguejou:— “Peço desculpas por tê-la ignorado por ser mulher. Obrigado por salvar minha vida. Da próxima vez, eu protegerei a sua. Prometo.”
O guerreiro, que esperava a resposta de Eun-Ha, ergueu a cabeça surpreso com uma presença estranha. O Milorde, que havia coberto todo o corpo de Eun-Ha com um manto espesso, a segurava nos braços.
“Está frio, Eun-Ha. É hora de aplicar a pomada.”