Um Amor Proibido em Tempos de Guerra - Capítulo 3 - Correntes Invisíveis
Capítulo 3: Correntes Invisíveis
As semanas que se seguiram foram de encontros furtivos e olhares roubados. Noah e Leah encontravam brechas em suas rotinas para se verem nos campos ou às margens do rio que cortava a cidade. A cada dia, a cumplicidade entre eles crescia, suas almas se entrelaçando em uma teia invisível.
Mas nem todas as flores desabrocham sem espinhos.
Leah era vigiada cada vez mais de perto por seu pai, o Duque de Westwood. Rumores circulavam entre a nobreza: o Duque pretendia casar Leah com Alistair Vemont, herdeiro de uma poderosa casa aliada. Um acordo político para fortalecer territórios ameaçados pela tensão crescente no reino.
Noah ouviu os sussurros na vila, nas tavernas e nos mercados. Cada palavra era como uma punhalada em seu coração.
Em uma tarde cinzenta, enquanto esperava Leah no campo de girassóis, Noah viu uma figura aproximando-se. Era Ethan, seu amigo de infância, um rapaz ambicioso, que sempre invejara a habilidade de Noah com o ferro e, agora, invejava algo muito mais precioso: o coração de Leah.
— Eu vi você com ela. — Ethan cuspiu as palavras. — Você é só um ferreiro imundo, Noah. Ela não é para você.
Noah tentou argumentar, mas Ethan já havia partido, o veneno já espalhado.
Naquela noite, palavras chegaram aos ouvidos do Duque.
Leah foi confinada em seus aposentos. Guardas foram reforçados. As correntes invisíveis que sempre a cercaram tornaram-se agora grilhetas de ferro.
Noah esperou no campo, noite após noite, sob a luz fria das estrelas. Mas Leah não veio.
Seu coração, antes leve como uma pluma, agora pesava como o próprio martelo que usava para moldar ferro.
Sem ela, o mundo parecia cinza. E a promessa silenciosa entre eles ameaçava se desfazer como fumaça levada pelo vento.