Um Amor Proibido em Tempos de Guerra - Capítulo 15 - Epílogo
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Capítulo 15: Palavras Finais de Axel Dorian
Queridos leitores,
Se vocês chegaram até aqui, permitam-me tirar um momento não para continuar a história de Noah e Leah, mas para conversar diretamente com vocês, de autor para leitor, de coração para coração.
Quando comecei esta jornada, minha intenção era construir uma narrativa dividida em vinte capítulos, mergulhando fundo nas águas de um amor proibido, nas dores da guerra e nos sacrifícios que moldam a alma humana. No entanto, como a vida que tantas vezes inspira nossas histórias, planos mudam. Devido a circunstâncias pessoais e desafios inesperados, decidi encerrar a história de Noah e Leah no capítulo catorze.
Essa escolha não foi fácil. Parte de mim queria prolongar sua jornada, explorar ainda mais a complexidade do amor deles, suas perdas e vitórias. Mas, talvez, havia uma beleza inevitável em deixar algumas páginas não escritas, como cartas que nunca foram enviadas, sonhos que nunca foram realizados.
Noah foi, para mim, a representação viva da coragem silenciosa. Um garoto humilde, nascido em condições modestas, que carregava dentro de si uma chama tão intensa que nenhuma tempestade poderia apagar. Com suas roupas simples, seus olhos cheios de esperança e suas mãos calejadas pela forja, ele nunca deixou de sonhar. Nunca deixou de amar.
Leah, por outro lado, foi a personificação da luz que se recusa a ser engaiolada. Uma jovem nobre, criada entre dourados e paredes frias, mas cujo espírito livre atravessava qualquer prisão de protocolo e obrigação. Sua coragem em desafiar tudo por amor foi, para mim, uma das maiores belezas que já escrevi.
Foi divertido construir cada cena, das tardes roubadas nos campos de girassóis às lágrimas derramadas sob o céu enlutado pela guerra. Foi emocionante dar vida a cada personagem, desde Ethan e seu ciúme silencioso, até o Duque de Westwood, duro por fora, mas quebrado em suas próprias expectativas. Foi gratificante criar o mundo de Aerden, suas ruas poeirentas, suas praças vibrantes e seus rios que carregavam segredos e promessas.
Mas também foi doloroso.
Houve noites em que parei de escrever porque o peso da tragédia que sabia que os aguardava era grande demais. Havia momentos em que me vi chorando junto com Noah, sofrendo sua solidão, carregando em mim o fardo de seu amor silencioso e sacrificial.
Noah partiu para proteger a nação que abrigava o coração de sua amada. Ele morreu com a certeza de que, mesmo que não pudesse viver ao lado de Leah, ele havia garantido que ela pudesse viver em paz. Um ato de amor tão profundo e autêntico que ecoará em cada página desse livro para sempre.
Leah, com seu luto silencioso e sua força inabalável, seguiu em frente, carregando em si o espírito de Noah. Cada flor que ela via desabrochar, cada estrela que brilhava no céu, era uma lembrança viva daquele amor que desafiou o destino.
A todos vocês que embarcaram nesta jornada comigo, meu mais sincero agradecimento.
“Um Amor Proibido em Tempos de Guerra” foi meu primeiro livro.
Foi meu primeiro mergulho sincero na arte de criar mundos e personagens que respiram, amam, sofrem e lutam. E apesar dos desafios, cada segundo valeu a pena.
Obrigado por confiarem em mim. Obrigado por acreditarem em Noah e Leah. Obrigado por fazerem parte desta história.
Com carinho e eterna gratidão,
Axel Dorian
(FIM)