O Marido Malvado - Capítulo 66
Os lábios de Eileen se separaram involuntariamente. Era o momento que ela aguardava ansiosamente durante toda a semana. Antes que pudesse falar, sua empolgação a fez balançar a cabeça vigorosamente e responder rapidamente.
— Sim! Acho que estou curada agora. Não dói nada. Estou totalmente bem.
A expectativa fazia Eileen sentir um calor persistente e pulsante em sua vagina. No entanto, ela lembrou a si mesma que deixar de usar a pomada não significava, necessariamente, que seus desejos seriam atendidos.
O Arquiduque poderia muito bem decidir evitar qualquer intimidade essa noite. Talvez nem aparecesse no quarto.
‘Ele é tão ocupado… É incomum eu tê-lo visto todos os dias até agora.’
Ele não era um homem que normalmente daria tanta atenção a apenas uma pessoa.
Deixando de lado o aspargo que cortava com força desnecessária, Eileen perguntou cautelosamente ao Arquiduque.
— Você virá para casa hoje a noite…?
Incapaz de expressar diretamente seus desejos, ela formulou a pergunta de maneira indireta. O Arquiduque respondeu com uma risada suave.
— É claro. Hoje é o dia em que você receberá o título Erzet. Eu não perderia isso por nada.
Ele se inclinou levemente para a frente. Embora não tenha chegado muito mais perto, a súbita ação fez o coração dela disparar.
— Não deveríamos comemorar juntos?
A sala de jantar estava banhada pela brilhante luz da manhã, mas, naquele instante, parecia que eles estavam sozinhos na escuridão da noite, com a promessa de uma celebração compartilhada pairando no ar.
As bochechas de Eileen coraram incontrolavelmente. Ela tinha certeza de que Cesare podia ler facilmente seus pensamentos lascivos. Ainda assim, mesmo ciente disso, ela se viu incapaz de controlar o próprio corpo.
Uma sensação formigante persistiu no lugar secreto entre suas pernas. Após dias de excitação que oscilava, seu corpo respondia imediatamente ao menor estímulo. A sensação de já estar molhada lá embaixo fez Eileen prender a respiração.
As íris vermelhas do homem acompanhavam cada mudança sutil em sua expressão. Quando ela conseguiu separar os lábios, um sussurro suave e trêmulo escapou.
— Sim…
O olhar de Cesare permaneceu fixo nela enquanto um sorriso lento e hipnotizante se formava em seus lábios. A curva suave de seu sorriso era cativante, e Eileen se viu incapaz de desviar o olhar.
Mantendo contato visual, Cesare falou, com a voz suave e controlada:
— Você costumava gostar de dormir comigo.
Ele estava se referindo a uma lembrança de sua infância. Após um temporal repentino no dia de sua chegada ao palácio, Eileen foi obrigada a passar a noite no Palácio do Príncipe.
Sozinha no quarto enorme, as trovoadas lá fora a manteve acordada. Dominada pelo medo, ela apertou o travesseiro com força e tremeu, até finalmente buscar conforto no quarto do príncipe.
Uma criada, a encontrou no corredor, não a repreendeu, mas, em vez disso, a levou ao quarto do Príncipe. Incapaz de expressar seu medo, Eileen simplesmente tremia enquanto Cesare permitia que ela dormisse em sua cama.
O príncipe não se juntou a ela, mas ficou sentado em uma cadeira ao lado da cama, absorvido na leitura de um livro. Eileen acabou adormecendo de forma inquieta ao som rítmico das páginas sendo viradas.
Embora tenha acontecido apenas uma vez, o Arquiduque falou como se fosse um evento regular de sua infância. Com uma expressão inocente, ele proferiu palavras que carregavam um tom sugestivo.
— Parece que agora podemos dormir juntos na cama.
Apesar de saber que “dormir juntos” agora tinha um significado completamente diferente, Cesare deliberadamente usou a frase ambígua. Eileen, incapaz de responder e corada de vergonha, observou enquanto ele se levantava.
Cesare estava programado para chegar ao palácio antes de Eileen. Ela se levantou rapidamente para se despedir dele.
Em vez de seguir direto para a porta, o homem contornou a mesa e se aproximou de Eileen. Ele se inclinou e beijou suavemente sua bochecha. Quando Eileen permaneceu imóvel, ele pegou seu queixo, levantando seu rosto para encontrar seu olhar.
Em seguida, ele a beijou nos lábios. Eileen soltou um suave gemido, seu corpo tremendo e os cílios tremulando com a intensidade do momento.
O que começou como uma simples despedida rapidamente evoluiu para um abraço apaixonado, enquanto seus dedos percorriam o corpo de Eileen.
Seu toque era tão ousado como se estivesse explorando cada reação do corpo de Eileen. Ele separou seus lábios e enfiou a língua profundamente enquanto acariciava sua nuca com a mão. Ele então apertou com força, virando sua cabeça para aprofundar o beijo. Com a outra mão, pegou sua cintura firmemente.
Eileen agarrou-se ao antebraço dele, levada pela intensidade do beijo.
— Mm, mm…
No passado, um beijo agressivo como esse a teria assustado. Mas agora, isso só a enchia de alegria. Ela tentou de forma desajeitada acompanhar seus movimentos, a língua respondendo de maneira desastrada às suas exigências fervorosas.
Enquanto Eileen movia a língua, Cesare respondeu roçando a sua contra a dela. Sua cabeça girou com a onda avassaladora. Eileen pressionou seu corpo contra Cesare e olhou para ele.
O homem estreitou os olhos levemente enquanto lambia o céu da sua boca. Sua mão, que vagava de seu pescoço para perto da clavícula, desceu. A mão grande agarrou o seio de Eileen.
Surpresa, Eileen tentou emitir um som, mas foi abafado pelos lábios que a beijava. Cesare, impassível, observava as reações surpresas de Eileen.
A pegada rude em seu seio tornou-se suave enquanto seus dedos circulavam o mamilo. Foi apenas após seu toque que Eileen percebeu que seu mamilo estava ereto.
Cada vez que as pontas dos dedos roçavam a ponta saliente, um calor se espalhava mais abaixo, fazendo seu corpo tensionar involuntariamente. As paredes internas, não preenchidas, se contrariam em torno do canal vaginal vazio. O líquido que começou a fluir de sua vagina encharcou completamente sua calcinha.
Tentando conter os sons que queriam escapar, ela acabou soltando gemidos que pareciam de dor. O toque de Cesare tornava impossível para Eileen controlar seus gemidos.
‘Eu não sabia que isso existia…’
Eileen pensou rapidamente e apertou as coxas. Uma sensação semelhante, ao orgasmo, mas diferente, fez sua vulva pulsar. Apesar de saber que era vergonhoso, ela queria beijos mais profundos de Cesare e com vontade chupou a língua investigadora do homem.
Quando Cesare beliscou um de seus mamilos suavemente, Eileen não conseguiu se conter e arqueou as costas, soltando um gemido de intenso prazer.
— Hmm…
Naquele momento, a respiração de Cesare ficou um pouco irregular. Seus olhos se estreitaram em uma expressão intensa. Relutantemente, ele afastou os lábios e, em seguida, retirou lentamente a mão do seio de Eileen.
Ele a encarou com seus olhos vermelhos brilhantes. Eileen, completamente excitada e mole, olhou para ele com um olhar atordoado.
— …
Seus lábios entreabertos mostravam a língua ainda para fora, mas ela mal tinha consciência disso nesse momento. Só conseguia pensar no motivo dele não continuar, depois que o beijo terminou tão abruptamente.
Cesare chupou levemente a língua de Eileen, que ainda estava metade para fora da boca. Em seguida, mordiscou seu lóbulo da orelha e explicou o motivo.
— Se eu continuar, realmente não conseguirei me controlar.
Eileen estava completamente desorientada, murmurando de forma incoerente.
— Quero fazer isso agora…
Seu corpo estava dolorido, tomado por essas sensações intensas. Ela se agarrou às roupas dele, ofegante, enquanto Cesare a tranquilizava com carinho.
— Precisamos ir ao palácio, está bem?
Sua ereção estava claramente delineada sobre a calça. Eileen viu a forma longa e impressionante estendendo-se até suas coxas, só então percebeu o que estava fazendo. Desviou o olhar rapidamente, seu coração batendo erraticamente.
— Preciso ir antes de você. Então se prepare com calma, Eileen.
Ele soltou delicadamente a mão dela e beijou cada uma de suas pontas dos dedos, chupando e mordiscando com ternura o quarto dedo — onde ficava sua aliança de casamento.
— Estarei te esperando no palácio.
Com essas simples palavras, Cesare deixou a sala de jantar. Sozinha, Eileen permaneceu com o rosto intensamente corado, afundando lentamente em sua cadeira.
Sua respiração saía em arfadas pesadas, e suas coxas estavam úmidas de suor. O tesão evidente causava pontadas agudas e persistentes em sua vagina. Inconscientemente pressionou as coxas para aliviar a pressão na vulva, Eileen foi gradualmente retomando a compostura.
‘Estou ficando louca.’
Ela relaxou lentamente as pernas e tentou acalmar a respiração, esperando seu rosto esfriar. Enquanto isso, os pensamentos de Eileen se voltaram para a noite que estava por vir.
‘Mal posso esperar que a noite chegue…’
Ela ansiava por estar com Cesare no quarto o mais rápido possível.
Continua…
Tradução: Elisa Erzet