Noites de Caos (novel) - Capítulo 52
Tradução: Gab
Revisão: Aeve
Jihak puxou o pulso dela, onde marcas vermelhas haviam se formado. Ela gemeu enquanto ele a arrastava para longe, o homem estava tão mau humorado que não conseguia nem respirar direito.
Ele resgatou sua irmã. Ele havia atendido ao pedido dela.
A neve chegava até seus tornozelos. Jihak a empurrou para dentro do quarto, sem se importar com a umidade do chão e, no úmido quarto, agarrou o pescoço da mulher, que havia caído sobre a cama. Então a beijou, mordendo seu lábio sem hesitar. Ao deslizar a língua para capturar a dela, Eun-Ha começou a respirar mais pesadamente e soltou um suspiro.
Quando o longo beijo terminou, ele segurou os dois pulsos dela, levantando lentamente a parte superior do próprio corpo. Incomumente, estava todo desgrenhado. Ele olhou para o cabelo lindamente trançado dela, agora bagunçado, enquanto arranhava o pulso de Eun-Ha com as unhas.
“Ah!” — gritou de dor.
Jihak sorriu quando viu seus olhos marejados. Ele não conseguia apaziguar sua raiva, então queria devorá-la.
“Está doendo…” — Eun-Ha estava assustada.
Ele deitou-se sobre ela, depois tirou o chapéu. — “Não te farei sofrer. Quero dormir como estamos hoje.”
“Não quero. Irei para o meu quarto.”
“Mesmo que eu não faça nada?”
“Ainda assim, não.” — chocada, recuou lentamente. — “Por favor, deixe-me ir.” — Era como se quisesse escapar de um tigre.
Jihak, que voltou o olhar para o teto, pressionou as têmporas com os dedos. — “Saia.” — Quando ele disse para ela ir embora, os olhos dela se arregalaram e os dele se estreitaram. — “Eu disse para sair.”
“Milorde…”
“Sua irmã não é mais uma cortesã. Cumpri minha promessa, agora faça a sua parte.” — Jihak fechou os olhos, ele estava curioso com a expressão da garota, mas não queria vê-la. Ouviu os passos da mulher saindo, só então os abriu novamente. A culpa era do álcool, havia bebido demais. Muitos pensamentos inúteis o assolavam, então sua noite seria longa.
Yuljae entrou, possivelmente avistou-a saindo, e perguntou a Jihak: — “O senhor verificou?”
“Sim, não havia veneno na comida que comeu na casa das cortesãs.”
“Acho que hoje não era o dia em que deveria morrer.”
No dia em que descobriu o ato vergonhoso de sua mãe, também soube que a pessoa que envenenara o chá era uma criada, a serva mais próxima da falecida princesa herdeira. Justificou sua atitude dizendo que temia a crueldade dele e gritou que ele não era qualificado para se tornar rei. No entanto, não acreditou na criada que confessou sua culpa.
“Não consegue dormir?” — Yuljae se aproximou de Jihak, que observava a neve cair pela janela.
De repente, ele agarrou o braço de seu subordinado. Yuljae franziu a testa, sentindo dor. — “Mostre-me a ferida.”
“Está tudo bem, não foi nada.”
“Vocês é minhas mãos, então seu corpo também é meu. Por favor, cuide dele.”
“Sim, Milorde…”
Mesmo que pudesse enganar a um fantasma, não conseguiria fazer o mesmo com os olhos dele. Yuljae ficou perto de Jihak até o óleo da lamparina acabar. O príncipe não fechou os olhos a noite toda.