Noites de Caos (novel) - Capítulo 41
Tradução: Gab
Revisão: Aeve
Embora soubesse que era indelicado, Eun-Ha correu em direção aos aposentos de Jihak. — “Milord! Por favor, permita-me ir à cidade.”
Ele estreitou os olhos enquanto a olhava respirando pesadamente. Os flocos de neve, que ainda não haviam derretido, estavam sobre sua cabeça. — “Por quê? Aconteceu alguma coisa na cidade?”
“Não. Só quero ter certeza de que minha irmã está bem.”
“Sua irmã? A cortesã de Buyong?”
“Sim, acho que ela ficou gravemente ferida. Quero verificar se está bem.”
Fazia apenas meio dia que se recuperara da febre. Seus lábios ainda estavam secos e seu corpo magro por não ter conseguido comer antes. Mas não conseguia descansar por ter escutado notícias ruins sobre sua irmã.
‘Patético…’ — Pensou ele. Depois de sacudir as cinzas do cachimbo, Jihak olhou pela janela. — “Tudo bem. Mas volte antes do anoitecer.”
“Obrigada!” — A leitora correu para onde o senhor Song, o dono da livraria, a esperava. Ela estava doente há muito tempo, mas sua mente permanecia lúcida, talvez por causa do medicamente. — “Vamos.” — Ela puxou o braço do velho. Talvez por estar com pressa, quanto mais aumentava a velocidade, mais sua saia ficava presa entre as pernas, então às vezes ela tropeçava.
“Eun-Ha!” — Senhor Song parou, sem fôlego.
Só então ela percebeu que também estava cansada e diminuiu o passo. — “…Desculpe.”
“Já estava sem fôlego.”
“Estou apenas ansiosa e preocupada com a minha irmã.”
“Eu também não sei os detalhes, o que dizia a carta?”
Na verdade, não havia muita informação na carta. Se fosse considerar algo em especial, seria o que Yongi havia comprado para ela: um elástico de cabelo. Além disso, sua irmã disse que tinha feito bolinhos cozidos no vapor ontem e que se encheu de felicidade pois Chunhee a elogiou.
“Nada demais. Não pedia ajuda.”
Song assentiu. — “Acho que ela não queria que você soubesse.”
“Não faz sentido. Ainda bem que descobri.”
Depois que saíram da trilha na floresta onde a neve começava a se acumular, Eun-Ha foi até a livraria do senhor Song. Queria pular os muros da casa das cortesãs para encontrar Yongi, mas Song a impediu porque havia outro jeito. A jovem vagava pela livraria roendo as unhas. A paisagem do lado de fora da janela era normal. A neve se acumulava no batente da porta. Ela olhou ansiosamente até Yongi aparecer. Mas havia algo estranho. Algo parecia segui-la, então passou pela livraria sem nem olhar para trás.
“Irmã?” — Ela saiu da livraria para seguir Yongi. Eun-Ha, que perseguia a cortesã em um ritmo acelerado, olhou para trás. O grupo que a seguia se escondeu na multidão.
“Eun-Ha, venha aqui.” — Ela se abaixou quando Yongi agarrou sua mão e elas se esconderam em uma casa de seda frequentemente usada por cortesãs. O dono, que reconheceu Yongi, cobriu as mulheres com seda para escondê-las. Então, agacharam-se em um canto. Depois de escaparem completamente do olhar externo, Yongi a abraçou. — “Eun-Há, você está bem?”
Ela assentiu. — “O que aconteceu, irmã? Quem machucou seu rosto desta forma?”
“Não importa. Preferi ter tido meu rosto arruinado, acalme-se.”