Noites de Caos (novel) - Capítulo 34
Tradução: Gab
Revisão: Aeve
O quarto cheirava a gengibre. Eun-Ha, que estava deitada sob um cobertor, levou o chá à boca. Talvez o gosto amargo a tenha surpreendido, pois tossiu.
“Noona, noona! Você está bem?”
“Sim.” — Mas ela tossiu novamente.
Gari, assustada, olhou para Jihak. — “Precisamos chamar um médico. Ela pode morrer de doença pulmonar.”
O príncipe deposto olhou para a inerte Eun-Ha com indiferença. Que garota teimosa. — “Disse que poderia matar um tigre, mas fica doente fácil assim?”
Yuljae, que estava ao lado dele, abriu a porta do quarto. — “Por favor, saia, o senhor pode acabar contraindo.”
“Acha que fico doente facilmente?”
“Não é algo normal.” — Yuljae percebeu que Eun-Ha tinha algo sério. Ela tossia tanto que ele se perguntou se teria que cuidar de um cadáver naquela noite.
“Chame o médico, caso ela morra, jogue-a na montanha.” — Os olhos de Jihak ardiam quando ele deu a ordem. Suas palavras eram cruéis, parecia que não conseguia conter a raiva.
Yuljae chamou um médico, essa a leitora precisava ser salva. — “A garota ficará à salvo, Milorde.”
“As noites são longas sem uma mulher.” — Então Jihak caminhou até onde Lee Cham estava esperando. Não sentia vontade de conversar com ele hoje. — “Ah, o oficial militar chegou.”
Cham, que esperava nervosamente, curvou-se diante de Jihak. Embora fosse o príncipe herdeiro deposto, o ministro agia como se ele fosse o próprio rei. — “Vossa Alteza, perdoe-me por vir sem avisar.”
“A descortesia foi minha por não tê-lo recebido ontem.”
“Queria vê-lo o mais rápido possível, gostaria de conversar com o senhor.”
“Gostei da sua história enquanto bebíamos juntos.” — Jihak, que mantinha o olhar fixo na porta atrás de Cham, olhou ao redor da área onde os livros estavam. Sua expressão não mudou.
‘Acho que ele realmente não me vê.’ — Pensou Cham. Mas pessoas cegas tinham ouvidos sensíveis.
Cham não estava satisfeito com o que acontecera na Torre Leste. Os outros não o trataram com respeito, por isso, Jihak era uma presa deliciosa para ele. Sua Excelência estava preocupada com o grande exército, por isso o manteve sob controle. Mas se ao menos conseguisse pôr as mãos em Jihak…
“Não mencionou que gostava de livros?”
“Achei que não se lembraria, já que estava bêbado.”
“Não subestime minha memória. Trouxe-lhe um livro interessante.”
Seus olhos se aguçaram, mas Lee Cham estava tão concentrado nos livros que não percebeu o olhar. Jihak chamou Yuljae. — “Traga-me a garota.”
“Milorde?”
“O médico já deve ter prescrito remédios a ela.” — Jihak falou com um sorriso enquanto olhava para seu subordinado, que tinha uma expressão confusa.
“Faça com que ela se recomponha, pode até jogar água nela se precisar. Não acha que nosso oficial militar iria gostar de ouvir sua bela voz?”