Noites de Caos (novel) - Capítulo 27
Tradução: Gab
Revisão: Aeve
O vapor da água condensou-se no teto e pingou como água fria. Seus lábios se separaram ao sentir a sensação gelada das gotas. Os olhos dela estavam vermelhos, mas ela não chorou. Apenas o observou com olhos cheios de tristeza, enquanto ele não parava de encarar seus lábios.
‘Por que fiz isso? Foi por pena? Ou será que estava à mercê dos caprichos de alguém superior?’ – Para ser sincera, sentia tanto medo que nem quis resistir, então, inconscientemente, o obedeceu. Lembrava-se vividamente do que acontecera na casa das cortesãs. O corpo coberto de sangue, o sorriso divertido em seu rosto ao lado dos cadáveres decapitados, a maneira como ele olhava para os outros parecendo que queria decapitá-los ou desmembrá-los também. Seu coração batia rapidamente, tomado pelo medo pela primeira vez na vida.
“Posso… levantar agora?” – Eun-Ha, que havia recuperado o fôlego, perguntou.
Jihak limpou o rosto dela cheio de esperma com as mãos molhadas. – “Você deve estar com raiva.”
“Não! Não estou com raiva.” – Cada vez que balançava a cabeça, as grossas lágrimas em seus cílios tremiam.
Jihak se sentia satisfeito, pois ela parecia estar se contendo. – “Mas por que sua linda voz falhou?”
“O senhor é cego de verdade?”
“Qual o motivo desta pergunta?”
“Sinto que consegue me ver, que expressão estou fazendo?”
“Você chorou?”
“Não, é apenas a água.”
Ele sorriu, pleno. Os mamilos dela se destacavam nas roupas encharcadas. Eun-Ha saiu e começou a limpar a bagunça no banheiro. Jihak, que observava silenciosamente o reflexo na água, levantou-se e puxou um manto transparente sobre o próprio corpo.
Eun-Ha correu até ele e agarrou seu braço. – “Este manto é transparente, todos o verão nu…”
“Não importa.”
“Fiquei preocupada que isso pudesse lhe envergonhar.”
“Eun-Ha.” – Jihak disse o nome e passou a mão pelo corpo dela. – “Vergonha é a única palavra que desconheço.” – Era possível vislumbrar seus seios sob o pano úmido, então ele esfregou lentamente os mamilos proeminentes.
O rosto dela ficou vermelho quando sentiu os dedos dele – “Por-por que me beijou?.”
“Eu queria experimentar o que é meu.”
“Eu… sou apenas sua serva.”
“Então, não posso sentir o seu sabor?”
“Milorde…”
“Inacreditável. Gozei em seu rosto, mas você nem se incomodou… até pareceu gostar.”
Eun-Ha suspirou profundamente quando ele agarrou seu seio com força. Ela quis recuar, mas um braço forte a envolveu pela cintura e seus corpos se tocaram. Uma luz fria brilhou nos olhos do homem quando ela levantou o olhar.
O calor teve início nos pés dela e rapidamente subiu para sua cabeça. – “Me solte, por favor.”
“Não se mova.” – Ele a abraçou com mais força.
O medo que sentia, a paralisou. – “Estou com medo…”