Noites de Caos - Capítulo 16
Eunha engoliu em seco enquanto olhava para o pedaço de carne maior que seu punho. O cheiro perfumado de molho de soja emanava das costelas curtas refogadas cobertas com preciosas nozes de ginkgo e agulhas de pinheiro, e o macarrão, que geralmente era comido apenas em ocasiões especiais, era servido em uma tigela brilhante. Além disso, o ensopado de carne apimentado era leve e delicioso.
Ela queria se curvar profundamente, mas primeiro precisava encher seu estômago faminto. Shihoon, que observava com prazer Eunha comendo, inclinou o bule e serviu-se de água.
“Ninguém vai tirar sua comida. Então coma devagar.”
“Obrigada. Nossa, está tão delicioso. Provei pratos como este poucas vezes em Buyeong, pegando sobras dos clientes… Juro que estou no paraíso.”
“Vê-la saboreando tanto me faz sentir satisfeito.”
Enquanto Eunha comia, Shihoon examinou seu corpo em busca de ferimentos. – ‘Foi minha culpa que minha mãe tenha sido dura com a Eunha.’ – Como ele não conseguiu esconder seus sentimentos adequadamente, Eunha e Yongi foram maltratadas.
‘Mas como posso esconder esses sentimentos transbordantes?’ – Shihoon removeu o grão de arroz dos lábios de Eunha e acariciou sua bochecha macia. Então, como se isso lhe fizesse cócegas, ela inclinou a cabeça para trás e esfregou a pele que ele havia tocado.
“A propósito, tem certeza de que não se importa? Se trouxer minha irmã aqui em sua casa para que eu possa vê-la, isso será mal interpretado…”
“Por quê? Teme que se espalhe rumores de que chamei uma cortesã?”
“Sim. Homens nobres nunca convidariam uma cortesã para suas casas. Todas elas vêm vê-los secretamente tarde da noite.”
Shihoon riu daquelas palavras cruéis. – “Não se preocupe, ainda não sou um oficial, apenas alguém que estuda muito. Além disso, não há ninguém nesta cidade que não saiba quem é minha mãe.”
“Mesmo assim…”
Enquanto ela lutava com as palavras, a voz do Sr. Kim, seu assistente, irrompeu na sala. – “Jovem Mestre, Lady Sohyeon veio vê-lo.”
Como ele sabia que Eunha estava ali, seu tom estava cheio de constrangimento. – “Por favor, espere aqui por um momento. Voltarei depois de tomar uma xícara de chá com a convidada.”
“Eu não deveria ir embora?”
“Não é necessário. Será breve.” – Dito isso, Shihoon se levantou e saiu.
Antes de fechar a porta, Eunha viu uma jovem vestida com roupas finas, que cumprimentou com um sorriso alegre.
Ela era uma mulher tão bonita que dava para acreditar que ela já era casada. Seu cabelo estava lindamente trançado e usava um lindo casaco de seda e algodão. Suas sobrancelhas finas curvavam-se tão maravilhosamente quanto uma lua crescente.
Eunha rapidamente balançou a cabeça e voltou a se concentrar na comida. Ela estava grata a Shihoon por sua generosidade, já que ele não só serviu pratos deliciosos, mas também doces e frutas deliciosas.
‘Ha, esse lugar é o paraíso.’ – Eunha, que olhava ao redor com a boca cheia de comida, notou um poema pendurado na parede e suas bochechas coraram intensamente.
“Como ele pode apreciar um poema tão desajeitado?”
Enquanto Eunha estava diante do poema, incrédula, a voz da jovem chamada Sohyeon chegou aos seus ouvidos. – “Parece que o senhor tem companhia, virei vê-lo mais tarde.”
“Ela é como uma irmãzinha para mim, então não se preocupe. Vamos tomar uma xícara de chá.”
“Se tem certeza, então irei embora depois disso.”
“Certo.”
“A propósito, ouvi de seu pai que quer adiar nosso casamento… Por quê? Fiquei tão chocada que vim sem avisar.”
Eunha se assustou assim que ouviu a palavra “casamento” e rapidamente encostou o ouvido na porta para escutar a conversa entre os dois.
“É… É porque eu quero focar apenas nos meus estudos até passar no exame. Me perdoe por tê-la preocupado.”