As Noites da Imperatriz (novel) - Capítulo 14
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Tradução: Gab
Revisão: Gab
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Enoch ajoelhou-se diante dela e Aran olhou para ele. Seus cabelos caíam livremente sobre os ombros, revelando seu decote delicado. Nervosa, ela engoliu em seco. Ele acariciou suavemente as pernas dela, seus longos dedos roçando a sua pele.
Ela o encarou com olhos assustados. Aqueles olhos que antes considerava belos, agora eram um pesadelo. Os olhos dele revelavam puro sadismo.
Ele não aguardou por muito tempo.
Para ele, abrir as pernas dela em um lugar isolado, onde ninguém aparecesse, era tão fácil quanto uma criança coçando o próprio pulso. Seus dedos, em suas pernas, subiram lentamente pela parte interna de suas coxas. Aran compreendeu suas intenções bestiais e prendeu a respiração bruscamente, e antes que percebesse, estava deitada no banco com as pernas abertas e a barra da roupa levantada.
“Ainda é… ainda é de dia…!”
Ela tentou em vão fechar as pernas, mas Enoch habilmente impediu o movimento sem muita dificuldade. Aran agarrou desesperadamente o pulso dele. Seus olhares se cruzaram e ela balançou a cabeça, ansiosa.— “À noite, eu faço qualquer coisa, mas… agora não…”
Ela conteve as lágrimas que se formavam no canto dos olhos e implorou.
“Terminarei rapidamente”— disse ele.
A bainha de sua roupa subiu até a cintura. Aran resistiu desesperadamente às suas investidas, mas por mais que continuasse tentando, Enoch não cedia. Ele era uma rocha inflexível. Ela se exauriu após várias revoltas e desistiu. Podia sentir o ar quente envolvendo seu corpo nu, totalmente à mostra sob o céu azul. Fechou os olhos com força e virou o rosto.
Mãos quentes deslizaram por suas coxas… por sua pélvis… por seu baixo ventre… e, a cada novo toque de Enoch percorrendo-lhe o corpo, seu peito parecia inflar-se, tomado por um ardor súbito.
Por causa desse situação, Aran estava ansiosa para terminar o que faziam rapidamente, porém, Enoch ainda não havia passado para a próxima etapa, apenas observando o corpo dela em silêncio. Ele nunca havia visto sua beleza claramente à noite, mas quando a luz do dia estava plena, vislumbrou vestígios do ato que haviam consumado. Suas coxas, em particular, estavam cobertas de marcas de mordida e alteração na cor, o tom original de sua pele não podia ser visto. Ele tinha certeza de que o mesmo acontecera em seu peito.
“Eu sou um animal.”— Seus desejos diminuíram. Ele ansiava por Aran, mas não dessa maneira.
Suspirando, puxou as roupas dela para baixo e a Aran nervosa, aguardando o início da ação, abriu os olhos cuidadosamente.— “…O quê…”—Enoch a ergueu e a puxou para mais perto do seu peito.
O banco no jardim do palácio era largo, mas pequeno e apertado demais para duas pessoas se deitarem. E o próprio Enoch era muito maior do que um homem comum. A Imperatriz estremeceu inconscientemente ao seu toque.
Ao puxá-la para mais perto de si, o rosto dela acabou enterrado em seus braços. Ela podia sentir o pulso dele batendo rapidamente. Enoch acariciou o rosto dela e sussurrou em seu ouvido — “Você irá almoçar com os enviados de Henen.”
Ela assentiu com a cabeça.— “Sim.”
Ela não sabia o que se passava na cabeça dele, mas aquilo era ótimo, não, maravilhoso. Embora seu toque lhe trouxesse uma sensação vergonhosa de excitação…
“Vou preparar comida que a agrade. Por mais que eu já tenha lhe dito, não deixe sobras. Coma tudo.”
“Sim…”— Aran ergueu cuidadosamente a cabeça e olhou para o rosto de Enoch. Seus olhos estavam fechados e ele parecia estar dormindo. Sua mão ainda estava pressionada contra ela.
“Com licença.”
“Diga.”
“Você… não vai fazer aquilo?”
“Se é o que quer, podemos fazer agora mesmo.”
“Não! Está tudo bem!”— Respondeu Aran com urgência, acreditando que ele mudaria de ideia a qualquer momento.
Com os olhos ainda fechados, Enoch deu um leve sorriso.— “Embora eu esteja decepcionado por me rejeitar com tanto afinco.”
Aran piscou. Era isso mesmo. Ela nunca sabia o que se passava na cabeça dele, mas desta vez, parecia que ele não tinha a intenção de consumar o ato. Ela conseguiu relaxar. Seu corpo, antes nervoso, acalmou-se com o passar do tempo. O som da pulsação de Enoch batendo ritmicamente e o calor do sol a deixaram sonolenta.
Ela estava nos braços do homem mais perigoso e caprichoso que conhecia… O homem que matara a sua família, o homem que a insultara, aquele homem… mas… de alguma forma… ela conseguiu dormir confortavelmente em seus braços.