As Noites da Imperatriz (novel) - Capítulo 11
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Tradução: Gab
Revisão: Gab
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A Aran colocou a mão na coxa de Enoch e continuou a acariciar vorazmente o membro dele com o próprio peito. Desgraça e vergonha estamparam-se em seu rosto, mas ela as ignorou. Naquele momento, não era uma Imperatriz Regente, nem uma noiva, mas um brinquedo que precisava provar sua utilidade.
Quando seu extenso pau tocou o mamilo dela, que estava sensível devido à tempera crescente, a Aran estremeceu. Ela não sabia por que sentia falta de ar, o porquê seu corpo reagira daquela maneira. Teria realmente se tornado uma mulher lasciva, como dissera Enoque? Apenas pensar nisso já a apavorava e a fez fechar os olhos com força. Se Enoch soubesse disso, certamente iria rir dela.
“Ha…”— No entanto, um gemido baixo acabou por escapar involuntariamente e Enoch deu uma risadinha. O rosto de Aran ficou vermelho.
“Então, você também está sentindo.”— Enoch afagou-lhe a cabeça com delicadeza, um sorriso nos lábios.— “Vossa Majestade es bela.”
Aran ignorou os comentários vergonhosos de Enoch e continuou com o ato desonroso. Enoch soltou um gemido baixo e, logo em seguida, um líquido branco jorrou por todo o rosto e peito de Aran.
Havia acabado.
Aran permaneceu sentada no chão, ofegante. O líquido quente que escorria pelo seu rosto e peito era desagradável, mas mesmo assim, não podia limpá-lo na presença dele. Ela sentia o seu olhar intenso, apesar de estar de olhos baixos. Aqueles olhos vermelhos penetrantes a faziam se sentir miserável. Nem mil palavras seriam capazes de descrever aquele sentimento. Porém, ainda assim, ela não era permitida a se rebelar. Havia escolhido a vergonha em vez da honra. Como que em reconhecimento aos seus feitos, Enoque trouxe um pano úmido e enxugou o rosto e o corpo dela.
“Eu… eu farei isso.”— Mas suas palavras foram ignoradas. E então, Enoque havia terminado.
“Espere… eu… eu quero me banhar.”
“Não. Descanse primeiro. Você está febril.”— disse balançando a cabeça e colocando a palma da mão na testa dela, um toque amigável e carinhoso. Afastou os cabelos suados do rosto e os jogou para o lado. Então, a puxou para cima, a abraçou forte e a deitou na cama.
A Aran não tinha forças para responder e esticou os membros como se tivesse desistido. Mesmo depois de limpar todos os vestígios do líquido branco, seu corpo cheirava a peixe. Talvez ele tivesse a coberto com o líquido de propósito, como se quisesse insultá-la ainda mais. Aran mordeu o lábio.
O remédio rapidamente fez efeito e ela logo adormeceu. Tentou abrir os olhos à força para se manter acordada, mas Enoch cobriu seus olhos com uma mão grande, enquanto a outra mão afagava sua cabeça.
Antes de adormecer, Aran perguntou-lhe — “Sabia que a programação de hoje é…”
“Descanse.”— Seus lábios macios pousaram em sua testa e Aran de repente se lembrou do antigo Enoque, o que lhe causou uma dor no coração. Mas seus pensamentos não persistiram muito e ela logo adormeceu.
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Apesar das tentativas frustradas das criadas de dissuadi-la, insistindo para que a Imperatriz Regente descansasse mais alguns dias por conta da fadiga acumulada, a Aran recusou teimosamente.
A dama de companhia, ao vê-la tremer, perguntou com apreensão — “Vossa Majestade, por que não descansa um pouco?”
A Aran balançou a cabeça.— “Está tudo bem. Já descansei demais.”
A dama de companhia não voltou a insistir.
Aran, após trocar-se por um novo conjunto de roupas, pediu que lhe aplicassem uma maquiagem mais pesada. Ela normalmente não gostava de se maquiar — achava sufocante —, mas naquele momento não tinha confiança em si mesma. Era uma questão de autoestima. Não queria demonstrar fraqueza, ainda que fosse em algo trivial, diante dos aristocratas ávidos por uma brecha para atacar-lhe o pescoço.
“O que acha, Vossa Majestade?”— A criada lhe trouxe um espelho ao terminar a maquiagem. Refletia-se nele um rosto cansado, velado por uma maquiagem escura.
“Gostei. Obrigada.” — Aran assentiu.
Ela não parecia fraca. A criada sorriu, orgulhosa.
Antes de deixar seus aposentos, a Aran respirou fundo. Seu corpo trêmulo permanecia oculto sob o vestido. Endireitou as costas e ergueu o olhar. Assim como a maquiagem espessa que cobria seu rosto, sua falsa dignidade e bravata eram os únicos meios com os quais podia se proteger.