Arrogância - Capítulo 02
— Haha…
Luke já havia antecipado a hostilidade de Richard. Obedientemente, ele retirou suas roupas conforme exigido pelos criados, permitindo que verificassem se estava desarmado. Em seguida, ordenaram que se vestisse novamente, mas suas mãos foram algemadas com restrições especiais — artefatos criados para suprimir o fluxo de energia mágica. Era uma medida de precaução, caso ele fosse um assassino mágico contratado.
Somente após essa inspeção rigorosa é que Luke foi conduzido até a sala de visitas. Em vida, jamais foi convidado à residência do duque, então, ao contrário do jardim, o corredor lhe era completamente desconhecido.
O interior, decorado com tapetes antigos e ornamentos clássicos, exalava a atmosfera de uma família com uma longa e distinta linhagem.
Toc, toc.
— Entre.
Creeeeek-
— A inspeção foi concluída conforme ordenado. Nenhum objeto perigoso foi encontrado, e as restrições de segurança foram devidamente aplicadas.
— Bom trabalho. Não permita que ninguém entre nesta sala até que eu ordene o contrário.
— Entendido.
O Arquiduque falou com um tom autoritário. O criado fez uma reverência respeitosa e se retirou.
Luke esboçou um sorriso sútil enquanto esperava que Richard permitisse que ele se sentasse. À primeira vista, parecia que ele estava sendo subjugado e interrogado pelo duque, mas, na realidade, Richard estava apenas seguindo as sugestões que o próprio Luke havia plantado em sua mente.
Tais restrições poderiam ser eficazes contra um mago humano, mas para um demônio que ascendeu do reino das trevas, não passavam de meros brinquedos.
Se ao menos aquelas algemas tivessem a capacidade de detectar a verdadeira intensidade do poder mágico, a situação poderia ser diferente. Contudo, parecia que naquela casa não havia ninguém com a percepção necessária para reconhecer a presença de um demônio.
Ainda assim, desejando participar do jogo do duque, Luke assumiu uma expressão preocupada, com um sorriso indefeso no rosto, e dirigiu-se a Richard:
— Pareço bastante suspeito, não é? Se não for pedir muito, posso sentar?
— Não há necessidade. Não pretendo prolongar essa conversa.
Sem a influência de suas sugestões mentais, Richard jamais concederia nada. O Arquiduque encarou seu convidado indesejado com olhos azuis flamejantes e ordenou com firmeza:
— Me diz o que você quer em troca das informações sobre Cassiel.
Sua impaciência não mudou.
Toda vez que Richard revelava um aspecto familiar de seu antigo eu, Luke sentia uma leve pontada de nostalgia com um desconforto que lhe corroía o coração.
Apesar da forma brutal como havia tirado sua vida, Richard parecia completamente ileso. No instante em que ouviu a ordem do duque, Luke percebeu que, durante os últimos vinte anos, Richard viveu acreditando que ainda podia intimidar os outros da mesma forma que fazia na juventude.
Permaneceu firmemente em sua posição como Arquiduque, exercendo poder absoluto, sem enfrentar consequências por suas ações.
Fitando o olhar do duque, Luke sorriu gentilmente e falou com uma voz um pouco mais firme:
『Se você chupar meu pau apenas uma vez, aqui mesmo, eu conto tudo.』
— O quê…?
O rosto do Arquiduque se contorceu numa expressão de desgosto ao ouvir a exigência de Luke. Havia concedido seu precioso tempo àquele homem, movido pela curiosidade de saber quais grandes condições ele traria. Não imaginou que fosse isso o que queria dizer com “um favor”.
— Você está dizendo bobagens.
— Estou falando sério. Se você me chupar, eu conto tudo.
(Elisa: Que isso querido, chama nem para jantar antes?)
A voz de Luke era firme, sem nenhum traço de brincadeira. Mesmo assim, não conseguia apagar completamente a expressão divertida do rosto, seus lábios curvaram em seu característico sorriso gentil.
— Hã!?
Aquele desgraçado devia se considerar sortudo por não estar com uma espada na cintura naquele momento. Richard estava a ponto de ordenar que os criados dessem uma boa surra nessa criatura insolente e o expulsasse de sua casa.
Ele levantou a mão para chamar um servo, mas percebeu, com um sobressalto, que não conseguia mover um único músculo.
— Hum…?!
‘Por quê? Por que meu corpo se recusa a obedecer?’
Seus membros pareciam dormentes, pesados, como se estivesse preso em uma paralisia do sono. Após algumas tentativas inúteis de mover a mão, Richard apagou rapidamente a expressão desconcertada do rosto, e com um olhar assassino, encarou o jovem estranho à sua frente.
Um ser humano comum congelaria ao se deparar com um monstro de grande porte, se tornando uma presa fácil. A menos que tivesse sido treinado para lidar com tais criaturas, era fácil ser dominado pela energia mágica que naturalmente os envolvia.
E coincidentemente, os demônios ocupavam o mais alto escalão entre todos os monstros.
Ao ver Richard tremer em resistência ao seu poder, Luke falou novamente, sua voz mais afiada e resoluta, cravando suas palavras como pregos:
『Chupar um pau, não é tão difícil, nem tão nojento.』
— Aah…
O tremor de Richard aumentou com a sugestão reforçada. Luke apenas o observava, a mesma expressão serena no rosto, quase gentil, como se realmente estivesse apreciando o espetáculo diante de si.
Era praticamente impossível para alguém sem treinamento em magia romper, por conta própria, os efeitos de um controle mental.
Além disso, Luke sabia melhor do que ninguém que Richard Valerion não tinha qualquer conexão com magia.
Era um político habilidoso, não um mago. A prova disso estava bem diante de seus olhos, sequer percebeu que havia permitido a entrada de um demônio em sua própria casa. E as restrições que preparou… eram completamente inúteis.
『Vamos lá.』
A voz do demônio ficou mais suave. O mero som parecia permear os sentidos de Richard, carregando um calor doce e entorpecente.
— Ugh…
Richard gemeu, franzindo a testa. Seus pensamentos ficaram confusos, seu julgamento prejudicado, como se estivesse à beira do sono. Movido pelo falso, mas irresistível desejo de que precisava descobrir a verdade do incidente, sentiu compelido a chupar o pau daquele homem cujo nome e rosto nem conhecia.
Mas por que hesitava tanto? Era só chupar um pau, não era grande coisa.
Claro, a outra parte era um sujeito insuportavelmente arrogante, talvez fosse exatamente por isso que Richard relutava tanto em lhe demonstrar até mesmo a menor parcela de cortesia.
— Haah…
Ainda assim, se quisesse saber a verdade, não tinha escolha.
O Arquiduque, lutando desesperadamente contra o feitiço, caiu finalmente de joelhos diante do demônio.
Mesmo com os joelhos cedendo, sua consciência submersa tentou racionalizar aquilo como uma decisão própria.
— Você decidiu chupar meu pau. Uma decisão sábia.
Luke sorriu levemente, olhando para o duque ajoelhado à sua frente. Embora sem treinamento em magia, o Arquiduque possuía uma resistência mental notável, digna de um homem que mantinha sua posição há tanto tempo. Se ele conseguia resistir até mesmo a um comando tão simples, parecia valer a pena investir um pouco mais no preparo.
Como era o primeiro reencontro depois de tanto tempo, parecia justo comemorar ali mesmo.
— …
Richard estremeceu com uma inquietação indescritível, rangendo os dentes. Apesar do tom excepcionalmente gentil e cortês do homem, um calafrio percorreu sua espinha no instante em que ouviu sua voz.
Pedir favores sexuais em vez de dinheiro como pagamento por informações…
E não de uma jovem mulher bonita, mas de um homem velho e de cabelos escuros.
Quão estranho e suspeito era aquilo.
No entanto, logo achou cansativo até mesmo pensar nas exigências absurdas daquele homem.
Piscando lentamente, estendeu a mão trêmula e, meio às cegas, começou a mexer no cinto de Luke, iniciando o ato de despi-lo.
Metade da sua consciência estava turva, como se estivesse dormindo, e mal conseguia compreender o que estava fazendo.
Ziip—
As roupas do estranho eram simples, sem brasões de família ou ornamentos.
As vestes comuns eram fáceis de tirar, revelando rapidamente a pele nua. Isso indicava que ele possuía um status social baixo.
— ….
No entanto, a carne sob as roupas estava longe de ser comum. O pênis do homem era maior do que qualquer outro que já tivesse visto, quase surreal em tamanho. E ele nem mesmo estava ereto ainda.
Diante do membro, o olhar de Richard vacilou, mesmo sob o efeito do controle mental. No instante em que considerou colocar aquilo na boca e chupar, uma onda de náusea o atingiu, não pode evitar fazer uma careta de repulsa.
Era correto mergulhar em questões relacionadas ao filho já falecido?
O garoto já estava morto, afinal.
Ele lutou internamente, questionando se deveria manter sua dignidade como um duque. Contudo, o pensamento não se concretizou. A poderosa sugestão de “descobrir a verdade” silenciava todas as outras ideias, funcionando como sua principal orientação.
Sim, a verdade era importante o suficiente para suportar até mesmo esse ato repugnante. A humilhação seria passageira, mas a responsabilidade e o arrependimento que sentia como pai durariam uma vida inteira.
Ele não queria acumular mais remorsos…
E, se alguém ousou enganar a família imperial, disfarçando tudo como um acidente, ele os puniria severamente e faria deles um exemplo.
Com a mente decidida, Richard levou os lábios à ponta do pênis do homem, tremendo visivelmente. Ainda lhe faltava coragem para tocá-lo e chupá-lo de fato.
Com seus pensamentos firmes, Richard aproximou os lábios da ponta do pênis do homem, tremendo visivelmente. Ainda lhe faltava coragem para tocar e chupá-lo.
Continua….
Tradução Elisa Erzet