Açúcar Azul - Capítulo 10
— Olha a raça desse desgraçado. Mandaram dar trinta voltas e ele parece que vai completar todas mesmo.
— Raça? Não é vigor sexual, não?
— Porra, se for isso, dá até pra respeitar. Sério.
O grupo de Im Chanseong caiu na gargalhada vulgar. O professor responsável apitou para repreender os moleques que estavam fazendo algazarra. Resmungando palavrões em voz baixa, eles se arrastaram de volta para o campo. Sozinho, Seo Hanyeol continuou parado, fitando intensamente Baek Sang-hee, que se aproximava enquanto dava voltas na pista. Ainda assim, o olhar de Baek Sang-hee não se voltou uma única vez para Seo Hanyeol. Depois de encarar aquelas costas indiferentes que logo voltaram a se afastar, Seo Hanyeol se levantou.
O calor que subia do chão dava sede. Ele passou direto pelo bebedouro perfeitamente funcional e entrou na cantina. Ao sair com uma garrafa de água mineral na mão, lançou um olhar distraído para o campo — que agora estava vazio. O inspetor disciplinar tinha sumido, e Baek Sang-hee também não estava mais ali. Ainda faltava bastante para completar trinta voltas. Confuso, Seo Hanyeol voltou em direção às arquibancadas, mas parou de repente. Baek Sang-hee estava largado ali, estendido no chão.
— Haa… haa…
A respiração áspera bagunçava seus ouvidos. Com os olhos fechados, Baek Sang-hee passou um momento recuperando o fôlego e, de repente, ergueu o tronco. Observando-o, Seo Hanyeol ficou tenso sem perceber, todo em alerta. Para sua frustração, nada aconteceu — Baek Sang-hee apenas puxou e jogou fora a camisa que grudava nele de forma insuportável. O corpo revelado sem aviso não tinha nada de imaturo. Com uma única expiração, os ombros largos se moveram de forma imponente. O som do coração dele batendo parecia prestes a alcançar seus ouvidos.
Baek Sang-hee voltou a se deitar no chão, esperando a dor profunda nos pulmões diminuir. A respiração ofegante empurrava com dificuldade o ar morno ao redor. O peito encharcado de suor se expandia e se contraía amplamente a cada suspiro. A testa de Seo Hanyeol se franziu antes mesmo que ele percebesse. Ele não estava simplesmente suportando aqueles estímulos que, em um instante, invadiam seu olfato, sua visão e sua audição.
Enquanto regulava a respiração, Baek Sang-hee abriu os olhos ao perceber uma sombra pairando sobre seu rosto. Seo Hanyeol, que o observava de cima, inclinou sem hesitar a garrafa de água que segurava. Com a enxurrada repentina, Baek Sang-hee se sobressaltou e, por reflexo, ergueu o tronco. Ainda assim, Seo Hanyeol não parou de despejar a água. O jorro encharcou completamente o cabelo de Baek Sang-hee e escorreu liso pelo rosto, pelo queixo, pela clavícula e pelo peito.
— ……
— ……
Baek Sang-hee apenas levantou lentamente os olhos e encarou Seo Hanyeol. Mesmo com os cílios molhados e parte da água entrando em seus olhos, ele não se mexeu. Seo Hanyeol também o observava de cima, sem expressão.
Aquele confronto sem motivo claro se desfez quando Baek Sang-hee levantou a mão e enxugou o próprio queixo. Em seguida, lambeu sem qualquer pudor a água que havia ficado no dorso da mão. Diante daquele olhar provocador, foi Seo Hanyeol quem franziu o cenho.
— Tá de gracinha… o que você pensa que está fazendo?
Talvez fosse imaginação, mas a voz de Baek Sang-hee soou ligeiramente áspera, quase ferina. A pergunta não tinha sujeito nem uma intenção clara. Ainda assim, um calor súbito subiu do fundo do peito de Seo Hanyeol. Era como se tivesse sido desmascarado de repente. No entanto, ele próprio não sabia dizer exatamente o quê havia sido exposto.
— …Quem disse?
— Já chega. Vou relevar só até aqui.
Seo Hanyeol arremessou a garrafa de água que segurava. O recipiente atingiu o canto do olho de Baek Sang-hee e rolou pelo chão, espalhando o resto da água. No instante seguinte, Seo Hanyeol empurrou o ombro dele e desferiu um soco. Estranhamente, quanto mais atingia aquele rosto insolente, menos sentia alívio ou satisfação — o calor só se acumulava, sufocante. Devia ser por causa da temperatura. Por causa daquele calor maldito.
O professor só percebeu a briga tarde demais e apitou. Até que os colegas da mesma turma os separassem por ordem dele, os socos de Seo Hanyeol não cessaram. Ele havia batido tanto, sem nem perceber, que o pulso inteiro latejava.
Baek Sang-hee passou a mão pelo maxilar dolorido e pela nuca arranhada sem critério, um após o outro, e então ergueu o olhar para Seo Hanyeol, que ainda arfava…
Ele tinha visto tudo. No olhar dele não havia sequer um resquício de calor. Provavelmente nem uma garrafa de água jogada no chão ele lançaria um olhar daqueles. O desconforto que vinha subindo sorrateiro pela parte de trás das orelhas tomou conta da cabeça em um instante.
Com a chegada definitiva do verão, os dias passaram a amanhecer com temperaturas próximas dos 20 °C. Mesmo parado, o ar faltava com facilidade. Nem o vento gelado do ar-condicionado conseguia aplacar a sede.
Foi mais ou menos nessa época que Seo Hanyeol passou a praticamente morar na piscina. Mesmo quando voltava para a sala e se sentava, não aguentava nem uma hora antes de sair de novo. Não era que gostasse especialmente de nadar. O que o viciava era a languidez doce que vinha depois de cortar a água até a exaustão. Aquela sensação de esgotamento podia até ser encontrada em outros exercícios, mas o fato de não sair encharcado de suor era um grande atrativo.
À medida que se aproximava da água, até a densidade do ar parecia mudar. A umidade ainda tornava a respiração pesada, mas a sensação térmica caía visivelmente.
Sem sequer ir até o vestiário, ele foi tirando a roupa de qualquer jeito. Afinal, não haveria ninguém entrando ali além dele mesmo. Atirou-se sem cerimônia na piscina, e a superfície tranquila se partiu em mil fragmentos ao engolir o corpo aquecido. Afundou fundo, como se fosse desaparecer sob a água. Os ouvidos ficaram abafados, e a percepção da realidade se embotou. Seo Hanyeol gostava daquele silêncio distante.
Só voltou à superfície quando a pressão nos pulmões começou a incomodar. Em seguida, passou a cortar a água com vigor. Depois de agitar a piscina até cansar braços e pernas, a confusão fervilhante em sua cabeça também se aquietava. Logo os dedos estavam enrugados. Por fim, relaxou completamente os membros e ficou boiando, à deriva.
Era uma paz quase entediante. Dava até a sensação de que poderia simplesmente adormecer ali mesmo.
— ……!
Mas a tranquilidade não durou muito. De repente, ele sentiu uma presença estranha. Seo Hanyeol se endireitou e, em alerta, olhou para a entrada da piscina. Àquela hora, não havia ninguém que deveria aparecer ali. Sempre fora assim, estava combinado. O simples fato de seu espaço ter sido invadido fez sua expressão se fechar automaticamente.
No entanto, no instante em que reconheceu quem entrava, o rosto se desfez como se nada tivesse acontecido. O encontro inesperado pareceu surpreender o outro também. Ele, que entrava na piscina com naturalidade, parou abruptamente e ficou parado no lugar. Era Baek Sang-hee.
Não parecia, de forma alguma, que tivesse vindo para nadar. No máximo, devia estar à procura de um lugar onde pudesse tirar um cochilo sem ser incomodado e acabou dando ali por acaso. No terraço que costumava usar, o sol estaria castigando sem piedade; em salas vazias ou no ginásio, sempre havia o risco de alguém aparecer a qualquer momento. Já a piscina raramente era usada. Pelo menos, era assim antes de Seo Hanyeol se transferir para a escola. Além disso, com a água ali acumulada, o ambiente era mais fresco do que qualquer outro no verão, e a umidade abundante criava condições perfeitas para dormir.
Não dava para ficarem apenas se encarando para sempre, então Hanyeol nadou até a parede mais próxima. Ao apoiar os pés no fundo e sair da piscina, a água que cobria seu corpo despencou com um ruído áspero. Sons que normalmente ele ignoraria pareciam, estranhamente, agredir seus ouvidos.
Depois de passar a mão pelos cabelos molhados, Seo Hanyeol caminhou arrastando os pés até onde havia deixado o uniforme. O cenho estava levemente franzido, sinal de contrariedade. A distância entre ele e Baek Sang-hee diminuía a cada passo. Talvez por estar consciente demais da situação, teve a impressão de que o olhar do outro o seguia com insistência. Fingindo não perceber, enxugou o corpo de maneira descuidada com a toalha. Em seguida, abaixou-se para pegar a camisa — e uma sombra densa caiu sobre sua cabeça inclinada.
— ……?
Ele franziu ainda mais a testa e ergueu o rosto. Baek Sang-hee já estava muito perto, parado à sua frente. Em circunstâncias normais, só pelo perfume que sempre exalava ele teria percebido sua aproximação, mas, por algum motivo, daquela vez não aconteceu. Só de encará-lo ali, sua respiração pareceu se prender. Todo o corpo tensionou por reflexo, em alerta.
— O que foi.
— É a primeira vez que vejo de verdade.
Murmurando lentamente, como se falasse consigo mesmo, Baek Sang-hee olhava não para o rosto de Seo Han-yeol, mas para o seu peito. Seo Han-yeol baixou a cabeça, seguindo o olhar dele. Naquele momento, os dedos de Baek Sang-hee se aproximaram repentinamente dos mamilos rosados de Seo Han-yeol. As unhas estavam cortadas de forma bem reta; talvez pelo formato peculiar, as pontas dos dedos pareciam mais rombudas do que arredondadas. Embora não fosse situação para ficar admirando calmamente tais detalhes, todos os seus sentidos seguiam os movimentos de Baek Sang-hee de forma involuntária.
Não demorou para que as pontas dos dedos de Baek Sang-hee tocassem a pele de Seo Hanyeol. Foi um contato nítido, ao ponto de a carne ceder sob a pressão. Sem conseguir processar direito o que estava acontecendo, Seo Hanyeol ergueu o rosto. Baek Sang-hee observava o peito dele fixamente, como se estivesse em transe. O indicador e o médio de Baek Sang-hee deslizaram lentamente para cima, deixando o mamilo entre eles. A respiração de Hanyeol falhou diante daquela pressão sutil exercida por outra pessoa.
No instante em que o mamilo ficou preso entre os dedos, o longo indicador se curvou devagar, esmagando suavemente a carne rosada. Diante do estímulo explícito, Seo Hanyeol recuou o corpo bruscamente. Com o movimento, uma gota de água caiu de seu cabelo, molhando os dedos de Baek Sang-hee. Só então Baek Sang-hee olhou para a própria mão, atordoado, como se despertasse de uma hipnose.
Seo Hanyeol apertou os lábios com força. Seu queixo tremia tanto que ele acabou mordendo o lábio inferior; sentia que, se não fizesse isso, seu coração disparado acabaria saltando pela boca. O peito chegava a doer de tanto latejar. Com o olhar perdido, sua visão oscilava sem controle. Apesar de ter acabado de nadar, um calor terrível subiu por todo o seu corpo.
Apressado, Seo Hanyeol pegou suas roupas para ir embora. Ele passou por Baek Sang-hee, que continuava estático, mas, tomado pela indignação, voltou e chutou com força a parte de trás do joelho dele. Baek Sang-hee caiu de joelhos no chão. Seo Hanyeol ainda lhe deu um tapa na nuca antes de finalmente sair da área da piscina.
Agora, até o pulso em sua garganta latejava de forma violenta. Seu corpo inteiro havia aquecido num instante, mas, assim que deixou a piscina, um calafrio terrível o dominou. Ele estava completamente confuso.
Não sabia como tinha conseguido voltar para a sala de aula. Enquanto estava ali sentado, com a alma fora do corpo, cada professor que entrava para dar aula perguntava se ele estava bem. Apesar das sugestões para que fosse à enfermaria, Seo Hanyeol permaneceu firme em seu lugar. Mesmo de olhos abertos, não enxergava nada, e seus ouvidos estavam abafados como se estivessem submersos. Seu coração arquejava, como se tivesse finalmente quebrado. Sua mente estava em um completo branco.
A cada vez que a porta traseira se abria, os ombros de Seo Hanyeol davam um sobressalto. A forma como ele virava a cabeça bruscamente para verificar cada pessoa que entrava não era, de forma alguma, normal. Im Chan-seong, que o observava confuso, brincou perguntando se ele tinha visto um fantasma na piscina. Diante da resposta excepcionalmente ríspida — para ele parar de falar merda — a expressão de Im tornou-se ainda mais intrigada. O comportamento estranho de Seo Hanyeol continuou até o fim das aulas. Baek Sang-hee não retornou à sala.
Naquela noite, Seo Han-yeol o encontrou novamente em seus sonhos. No sonho, ele tocava e massageava cada centímetro do corpo de Hanyeol até causar dor. Mesmo sendo seu próprio sonho, ele não conseguia mover o corpo livremente. Onde quer que as pontas dos dedos de Baek Sang-hee tocassem, um calor terrível se acumulava. Quando abriu os olhos, debatendo-se, sua roupa íntima estava encharcada.
Fora seu primeiro sonho erótico.
Ele estava confuso. Seo Hanyeol sabia que não era comum. Sempre e em qualquer lugar, as pessoas que o conheciam pela primeira vez costumavam comentar sobre sua aparência delicada. Na infância, isso era motivo de zombaria; quando sua estrutura óssea cresceu e os pelos corporais começaram a escurecer, tornou-se causa de uma curiosidade desconfortável. É claro que o interesse de nenhum dos lados durava muito tempo. Ele não permitia que durasse.
Mas por que, naquele momento na piscina, ele tinha ficado parado feito um idiota, apenas aceitando aquilo? Ele pensou e repensou, tentando de alguma forma entender a si mesmo. A resposta não vinha.
Em meio aos repetidos questionamentos internos, uma nova dúvida surgiu. Naquele momento, será que Baek Sang-hee tinha consciência de quem era a pessoa à sua frente? Pensando bem…
Pensando bem, ele nunca tinha trocado palavras de verdade com ele. O seu próprio nome, Seo Hanyeol, jamais foi pronunciado por aquela boca. O olhar de Baek Sang-hee, sua consciência, as palavras que ele dizia… nada disso jamais se direcionou a Seo Hanyeol. Mesmo a confusão nas arquibancadas do campo de esportes, há pouco tempo, teria terminado com Baek Sang-hee fingindo que ele não existia, caso o próprio Hanyeol não o tivesse provocado primeiro. Não importava quantas vezes repassasse os fatos, era sempre a mesma coisa. Baek Sang-hee nunca o havia reconhecido primeiro, nunca demonstrou qualquer emoção, nem infligiu qualquer tipo de favor ou dano motivado por algo pessoal. O tempo todo, quem esteve consciente do outro foi apenas o próprio Seo Hanyeol.
Isso feria seu orgulho e o incomodava imensamente, mas, pela primeira vez, Baek Sang-hee havia se aproximado primeiro. Além disso, de forma inegável, havia encostado nele. Naquela ação, não havia o cálculo causal ou a expectativa de “agredir Seo Hanyeol para que sua mãe biológica, Baek Young-hwa, aparecesse como sua guardiã. E justamente por isso, era ainda mais difícil deduzir a intenção dele.
Por mais que tentasse, não conseguia chegar a uma resposta sozinho. Teria que perguntar diretamente ao interessado. Por que fez aquilo? O que, afinal, aquilo significava?
Ele esperou por Baek Sang-hee, que não aparecia. Chegou à escola mais cedo do que o habitual e, sem sequer ir à piscina que tanto frequentava, ficou apenas encarando a porta que se abria e fechava sem parar. Durante as aulas, sua consciência permanecia voltada inteiramente para a porta fechada.
Contudo, Baek Sang-hee simplesmente não aparecia. Um dia, dois, e então três. O tempo continuava a passar. A chamada desinteressada do professor responsável, o calor sufocante e o cheiro asfixiante de suor permaneciam os mesmos. A raiva e a irritação, sem qualquer via de escape, acumulavam-se dia após dia, ganhando corpo.
Baek Sang-hee só deu as caras após uma semana completa. Seo Hanyeol caminhou em passos largos até ele. Sem dizer uma palavra, agarrou-o pelo colarinho e o arrastou para algum lugar. Diante da situação repentina, Im Chan-seong e seu grupo o seguiram, sem entender o que estava acontecendo. Perguntaram repetidamente o que houve, mas não obtiveram resposta de Seo Hanyeol. Baek Sang-hee apenas se deixava levar, sem resistir ao puxão bruto.
Foi só ao chegar ao banheiro que Seo Hanyeol o soltou, como se o arremessasse. Perdendo o equilíbrio por um instante, Baek Sang-hee cambaleou ao colidir contra a parede. Os garotos que estavam lá dentro, urinando ou lavando esfregões olharam para trás com os olhos arregalados. Im Chan-seong e seu grupo, que vinham logo atrás, expulsaram os garotos mandando-os cair fora.
Era uma situação explosiva. No entanto, não se via sinal de tensão em Baek Sang-hee, que estava encostado na parede. O olhar de Seo Han-yeol, fixo nele, estremeceu. Chan-seong observou a situação por um momento e passou o braço pelos ombros de Seo Hanyeol.
— Ei, cara, tô perguntando o que houve. Esse desgraçado te provocou de novo? — Saiam.
— Por quê? A gente te ajuda. — Não ouviu pra sumirem daqui?
Seo Hanyeol virou-se para Chan-seong com o rosto rígido. “Quer que eu acabe com você primeiro?”, perguntou ele com uma voz baixa e sombria. Chan-seong recuou prontamente, rindo de deboche. Ele e seu grupo saíram e a porta se fechou. Em seguida, ouviu-se do lado de fora a voz deles afastando os curiosos.
Mesmo em meio àquela agitação, os olhares de Seo Hanyeol e Baek Sang-hee se enfrentavam intensamente. Seo Hanyeol foi o primeiro a abrir a boca.
— Não tem nada para me dizer? — Nada.
Baek Sang-hee tinha o rosto de quem genuinamente não sabia do que ele estava falando. Parecia não ter a menor ideia do que estava fazendo Seo Hanyeol ter aquele surto. Foi tão absurdo que Hanyeol chegou a soltar uma risada. Após o breve riso de escárnio, o semblante de Seo Hanyeol ficou mais frio do que nunca.
— Então eu vou te dar um motivo.
Seo Han-yeol desferiu um soco sem hesitar. A cabeça de Baek Sang-hee virou com o impacto. Hanyeol ergueu o pé e chutou o abdômen dele com força. Com o impacto pesado, Baek Sang-hee perdeu o equilíbrio e cambaleou. Num instante, Hanyeol passou a perna nele, derrubando-o no chão molhado. Então, começou a pisoteá-lo impiedosamente no queixo, na lateral do corpo e nas costas. Ele sentiu que aquilo que tinha caído até a sola de seus pés estava se recuperando rapidamente.